Existem muitos adultos que baseiam suas decisões na opinião de seus pais. Adultos que, mesmo independentes financeiramente, precisam do apoio de seus pais para tomar alguma atitude. Na maioria das vezes, essa necessidade é inconsciente.
Lembre-se: há uma diferença entre precisar de um conselho dos pais e ter uma dependência constante em relação a eles.
A dependência constante é a urgência interna de agradar aos pais. É se sentir perdido(a) quando eles não te dizem o que fazer. É se sentir mal por fazer algo que eles discordam. É não saber tomar suas próprias decisões sozinho(a).
Mas de onde vem isso?
Isso vem da infância. Vamos seguir um raciocínio para entendermos melhor…
Imagine uma criança que diz “Pai/Mãe, estou com fome” e seus pais dizem “Não está, você acabou de comer. E se insistir vou brigar com você”. Nesse cenário, a criança vai facilmente entender que a opinião dela não é importante.
Ou então: “Pai/mãe, essa roupa está me machucando, não quero usá-la.” e seus pais dizem “Não importa, eu estou falando que você vai usar”.
Se várias situações como essa ocorrem com frequência, essa criança vai aprender que PARA TUDO (ou quase tudo) ela precisa da aprovação dos seus pais, porque o que ela faz é errado e pode irritá-los.
Assim, cria-se um adulto que, inconscientemente, precisa do apoio dos seus pais para tomar suas decisões, pois suas opiniões próprias não são válidas e ele tem medo de ser rejeitado.
Para superar esse problema, é importante se aliar à terapia, já que ela é um espaço que ajuda a analisar e refletir sobre essas questões e encontrar novas formas de se relacionar com ela, respeitando o tempo e a história de cada um.