Embora compulsões sejam conhecidas há muito tempo, a compulsão por jogos eletrônicos é uma expressão mais recente, surgindo junto com a evolução das tecnologias. No entanto, as causas subjacentes dessa compulsão são as mesmas que geram outros vícios. Assim como em qualquer outra dependência, a compulsão por jogos geralmente surge como uma tentativa inconsciente de fugir de uma dor ou vazio emocional que a pessoa carrega.
Pessoas que se tornam compulsivas em relação a jogos costumam buscar, através de ações repetitivas e excessivas, uma maneira de preencher o que sentem como uma falta interna. Esse vazio pode ter suas raízes em experiências que vivenciamos na infância, especialmente em nossa relação com os pais. Todos nós somos, em certo sentido, uma junção do pai e da mãe — e quando há uma percepção de falta de amor ou acolhimento nessa base familiar, cria-se um sentimento de incompletude. Sendo assim, busca-se compensar essa carência emocional. Mas o vício em jogos dificilmente trará a sensação de pertencimento, segurança ou amor que o indivíduo busca. Pelo contrário, ele acaba intensificando o sentimento de insatisfação, além de trazer outros problemas emocionais e sociais.
Aqui, a constelação familiar surge como uma abordagem terapêutica importante. Ao trabalhar com as dinâmicas familiares, esse método pode ajudar a pessoa a identificar conflitos e bloqueios emocionais que desencadearam a compulsão. Por meio dessa terapia, é possível obter um olhar mais profundo sobre os padrões familiares e transformar esses vínculos de uma forma que traga maior equilíbrio interno.
Se você conhece alguém que luta contra a compulsão por jogos, saiba que existem caminhos para entender e lidar com essa questão. Compartilhe este post para que mais pessoas possam conhecer a constelação familiar e outras alternativas terapêuticas, permitindo que encontrem, pouco a pouco, a paz e a satisfação que tanto buscam.